Aproximadamente quarenta navios naufragados foram encontrados no Mar Negro, a 80 km da costa da Bulgária. O que mais chamou a atenção foi um navio comercial grego, o mais antigo já encontrado pela humanidade, datado de 400 a.C.
A expedição que realizou a descoberta se chama Black Sea MAP. Durante um período de três anos, foi realizada uma série de sondagens que utilizam um sonar, várias câmeras com visualização em águas profundas e um veículo teleguiado com robôs que possibilitaram a descoberta dos navios.
O fato de o navio ter afundado a 2 km de profundidade permitiu que ele permanecesse quase intacto até os dias de hoje, já que a oxigenação na água é mínima, evitando a oxidação da matéria e a vida.
Será realizada uma pesquisa a respeito das embarcações da época, já que o navio, com 23 m de comprimento, está com o mastro, bancos de remo e leme intactos. Além disso, foram encontradas cerâmicas egípcias semelhantes às que atualmente existem no Museu Britânico.
As outras embarcações encontradas datam de aproximadamente 800 d.C. O Mar Negro foi rota marítima e comercial na Antiguidade, entre o Oriente e o Ocidente, entre os séculos IX e XVIII.
Quem sabe serão encontradas sedas, grãos e outros produtos?
Fiquei me perguntando a quem pertence o tesouro encontrado. Existem acordos internacionais que estabelecem que o conteúdo da embarcação é objeto de negociação entre os países a que pertencem as águas onde o navio foi encontrado, seguindo-se as premissas do Direito Internacional.
E se o naufrágio for em águas internacionais? O pesquisador que encontrar o patrimônio deve requerer o direito de resgate, e o país mais próximo deve renunciar à posse da carga.
Muito complexo. A empresa pesquisadora investe dinheiro, tempo e depois não tem direito a nada? Esse é o motivo de inúmeros saques e resgates omitidos, que acabam danificando o patrimônio e inviabilizando a pesquisa.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-37999817
https://g1.globo.com/mundo/noticia/a-quem-pertencem-os-tesouros-encontrados-no-fundo-do-mar.ghtml