UM ARTISTA MISTERIOSO
Banksy, para quem não conhece, é um artista grafiteiro que vive em Bristol, na Inglaterra, e mantém sua identidade oculta. Enfim, até hoje ninguém sabe seu verdadeiro nome e nenhuma foto sua foi publicada.
Em geral, ele costuma trabalhar temas como: consumismo, imigração e problemas sociais. Em suma, seu intuito é instigar a curiosidade das pessoas, fazendo-as raciocinar sobre a proposta apresentada.
Assim, ao não assinar as obras, ele consegue uma visibilidade misteriosa. Recentemente, em Paris, várias obras surgiram sem autoria em várias localidades. No estacionamento do Centro Cultural Georges Pompidou, cais do Rio Sena, Universidade de Sorbonne, casa de shows Bataclan (onde ocorreu o atentado em 2015). Houve um burburinho de que as obras poderiam ser dele. Posteriormente, ele assumiu a autoria.
Assim, o grafiteiro é hoje muito importante. Para exemplificar, uma de suas obras, feita em conjunto com Damien Hirst, foi vendida em 2008 por US$ 1,8 milhões em Nova Iorque.
De acordo com um leilão realizado pela Casa de Leilões Bonham’s em 2015 vendeu suas obras pelo dobro do estimado.
O mural “Rude Lopper”, que mostra um policial mostrando o dedo do meio (imagem anexada), foi vendido por £ 32.500,00. Já a obra “Christ with Shopping Bags” (2004) foi arrematada por £ 22.500,00.
O artista também criou em 2015 um parque: o “Dismaland, um parque temático para anarquistas iniciantes”. O empreendimento foi feito ocupando o lugar de um antigo parque aquático que estava abandonado há 15 anos, em Somerset, no Reino Unido.
Trata-se de uma crítica à Disneylândia. Na ocasião, um castelo semelhante ao da Cinderela mostrava a boneca Barbie representando Lady Diana morta ao ser perseguida pelos paparazzi. Outras estruturas gigantes, como um tanque repleto de refugiados, foram exibidas. Os atendentes trabalhavam vestidos com uma orelha de Mickey.
De acordo com Banksy, é um parque “antidiversões”, não é uma parque para crianças, afirma o artista, “é para fazer pensar” . O lugar ficou aberto entre 5 e 6 semanas e recebeu 150 mil visitantes.
As instalações do parque foram doadas para um campo de refugiados em Calais, na França. Esse campo recebeu a visita de Banksy em 2015, quando o artista decidiu retratar Steve Jobs em um mural. Apesar de existirem poucas falas vinculadas ao artista, naquele momento ele reforçou que a fortuna da Apple só foi possível devido à permissão de entrada do pai de Steve Jobs, um imigrante sírio, nos Estados Unidos.
Outra ideia sua, implantada em 2017, foi a construção de um hotel na Cisjordânia. Criado por meio de uma parceria entre Banksy e Wisan Salsah, o hotel, chamado “The Walled Off Hotel” (O Hotel Isolado pelo Muro), conta com a “pior vista do mundo”: o muro construído por Israel na Cisjordânia.
Suas diárias variam de US$ 30,00 a US$ 965,00. A diária mais barata é de um quarto compartilhado por 6 pessoas em beliches, e a mais cara imita as cisternas dos palestinos. Os hóspedes também podem agendar passeios que incluem visita a Jerusalém ou ao campo de refugiados.
Enfim, pesquisei no site Booking.com e encontrei diárias que variam de R$ 835,00 (suíte Panorâmica) a R$ 1.885,00 (suíte presidencial). No site, os visitantes dão excelente pontuação à localização e a qualificação do hotel é excepcional. Enfim, o estabelecimento é muito elogiado pelos hóspedes.
Enfim, Banksy é um artista intrigante e misterioso que provoca com humor, abordando problemas sociais que induzem ao pensamento.
Em conclusão, há quem diga que se trata de um grupo de artistas. Outros o nomeiam de Robert Banks, Robin Gunningham ou Robert Del Naja. Mas, na realidade, o que importa é o que seu trabalho diz.
Foto: Interior Hotel “The Walled Off Hotel” (O Hotel Isolado pelo Muro)
Referências: notícias estadao.com de 2015 a 2017, Casa Vogue, rfi.fr, Booking.com,
Fotos retiradas da internet
Clique aqui e conheça Helena Teixeira Rios
Helena, seu blog me surpreendeu!
Espero poder contar sempre com suas informações,textos e comentários sobre arte .
Oi Flavia, que bom, espero te ver por aqui