A FILOSOFIA DE ANDY WARHOL

De A a B e de volta a A

Um livro que penetra no universo do artista Andy Warhol, retratando temas como: consumismo, sexo, trabalho, fama, felicidade, infelicidade. Além disso, dá ênfase às divagações e às escolhas que cada um faz. O autor relata, sempre em primeira pessoa, vários acontecimentos marcantes da sua vida, entre eles o atentado que sofreu em 1968, quando dispararam contra ele três tiros que quase o mataram. Descreve que, na ocasião, se sentiu como se a sua vida fosse um filme ou um programa de televisão. Somado a isso, enfatiza que o seu negócio funcionava sem a sua presença, como uma “Empresa das Artes”.

São diversos relatos e horas e horas de gravações que se iniciam em 1964 e retratam as falas de Andy Warhol para o seu gravador. O intuito dessas gravações era escrever um livro. Entretanto, a conexão com o gravador sobrepõe as relações com as pessoas, o que faz com que ele o considere o seu maior e melhor companheiro.

No livro, o artista se autodenomina uma pessoa ciumenta, que não sabe lidar com o amor, considerando fazer sexo complicado. Discute sobre gênero, a sua relação com o dinheiro, juventude e velhice e os problemas inerentes a cada idade. De acordo com ele, os problemas dos velhos sempre eram menores que os problemas dos mais jovens. Por consequência, ele explica o fato de ter pintado o cabelo de branco.

Assim, telefonemas são descritos em detalhes, permitindo aos leitores vivenciar o seu cotidiano, os seus pensamentos, as suas dúvidas e confissões. Por fim, ele aborda as suas viagens profissionais com detalhes, descrevendo encontros, hotéis, compras, comentários.

O artista também enfatiza a relação que tinha com as pessoas com as quais convivia. Para tal, conferia letras para denominá-las, sendo B a designação dada à companheira que o ajudava a fechar os acordos de arte empresarial pela Europa e que também era o seu suporte diário.

Um livro que relata o consumismo, o sucesso, o preço da fama e, sobretudo, os valores de Andy Warhol. A leitura vale a pena!

Editora: Cobogó, 2008

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Helena Rios

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