A vida de uma viciada em arte
Peggy Guggenheim, enfim um livro cativante que retrata a história de uma burguesa que se tornou uma das maiores colecionadoras de arte, tendo como seu amigo e mentor Marcel Duchamp.
O livro relata, além da morte do seu pai no Titanic, (quando retornava da França, após instalar os elevadores da Torre Eiffel), a atribulada vida de Peggy Guggenheim e os inúmeros romances de sua conturbada vida amorosa. Enfim, ela teve vários amantes, entre eles: Max Ernst, Yves Tanguy e Samuel Beckett.
Originária dos Estados Unidos, em 1930 decidiu se mudar para Paris, onde iniciou sua carreira de colecionadora de arte. Já no final da década de 1930, Peggy Guggenheim resolveu se mudar para Londres, já tendo em seu acervo obras de artistas como: Picasso, Miró, Brâncusi e Magritte.
Durante a guerra, continuou a adquirir várias obras de artistas hoje renomados, que na ocasião estavam fugindo da Europa e indo morar na América. Após invasão da França pelos alemães, Peggy também se mudou para os Estados Unidos. Lá conheceu Jackson Pollock, sendo seu grande incentivador e impulsionando assim o surgimento do Expressionismo Abstrato.
Um fato interessante que vale a pena ressaltar é que em 1938 Peggy foi rechaçada pela instituição Guggenheim. Foi quando elaborou uma exposição de Kandinsky e ofereceu uma tela do artista para que o museu a comprasse. Eles responderam que o uso do nome Guggenheim por Peggy poderia trazer danos ao nome da instituição. Dessa forma, subestimando a galeria dela.
Posteriormente, ela abriu o Museu Peggy Guggenheim em Veneza, no Palazzo Venier dei Leoni. Hoje, o museu recebe grande visitação e é administrado pelo grupo Guggenheim.
As exposições elaboradas por ela na ocasião são inevitavelmente de grande importância para o desenvolvimento da arte no mundo. Logo, não há como não considerar Peggy uma das maiores contribuidoras da cultura e da história da arte.
Vale a pena a leitura!!
Autor: Anton Gill Editora: Globo, 2001
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